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   Entrevista Filipe Filipe /Jetquad 2003     26/10/2008 10:29:13
Entrevista Filipe Filipe /Jetquad 2003                         
Foi no ano de 2003 que Filipe Filipe deu esta entrevista à Revista Online JetQuad.

JQ – Como é que te começaste a interessar por motas de água?
FF – Ora bem, eu comecei com o negócio das motas de água há cerca de 11 anos, quando ainda corria em “motas de terra”. Depois de ter começado com a Fildoni, ainda corri durante mais três anos até que, por falta de tempo para treinar, abandonei a competição. No entanto a minha “paixão nº 1” ainda são as motas de terra!!!

JQ – Em que modalidades competias?
FF – Corria em Enduro e em Raids. Depois de ter parado em 1996 fiquei afastado das competições durante uns anos. Tinha um mota TT para dar umas voltas ao fim de semana e pouco mais. Em 1998, o meu amigo João Matias, que tinha uma GP1200 desafiou-me para fazer uma corrida de motas de água. Por brincadeira acabei por aceitar e fomos fazer a primeira corrida aos Açores, onde ficamos em segundo lugar!!!

JQ – Mas tu já andavas de mota de água?
FF – Não, praticamente não andava. Tinha um jet-ski para brincar no verão e pouco mais. Nunca fui um grande adepto das motas de água, até porque sou bastante friorento!! No entanto, nesse ano acabei por fazer mais umas corridas, que despertaram em mim o “bichinho” da competição. Como nessa altura, a Fildoni se estava a lançar no comércio de motas de água, também era uma boa forma de promoção.

JQ – Existem alguns pontos de contacto entre o enduro e as motas de água?
FF - Acho que ajuda bastante. As motas de terra acabam por ser um trampolim para outras modalidades. Se repararmos nos pilotos que actualmente andam à frente no TT de carros, alguns deles começaram nas motas...ou seja as motas são uma excelente escola!!!

JQ – Continuando na água, depois dessa primeira experiência começaste a pensar na competição mais a sério.
FF – Sim, na altura falei com a Motomar (importador da Yamaha) que me fez um preço muito simpático para eu competir na classe “stock”. No entanto, acho que na altura não fiz uma boa escolha. As Yamahas são excelente motas para o lazer, mas não são boas opções para correr, ainda mais na classe stock. O resultado final foi um quarto lugar no campeonato e alguma frustração pode não conseguir ir mais à frente...

JQ – E em 2001 passaste logo para a classe de superstock?
FF – Sim, em 2001 optei por competir com uma Kawasaki na classe de superstock, onde tenho estado até agora.

JQ – Em 2003 finalmente atingiste o título nacional. Qual é o balanço que fazes do campeonato?
FF - Bem, eu não sou de treinar muito, mas acho que tenho muito espirito de sacrifício e eu competição dou o que tenho e o que não tenho. Quando chego ao fim das corridas estou completamente exausto, se me tocarem em caio para o lado!!! Mas este ano, estava com muita vontade de ficar em primeiro. No ano passado tive muito azar na última prova e já em 2001 fui para a última corrida ainda com possibilidades de ser campeão. No entanto, finalmente este ano parece que a sorte esteve do meu lado...

JQ – De qualquer forma tu acabas só por ganhar duas provas...
FF – Sim, é verdade. No entanto a aposta era na regularidade de forma a pontuar sempre...aliás eu fiz as últimas duas corridas de Lagos com uma mota stock, de forma a chegar ao fim de certeza!!!

JQ – Essa é uma questão interessante. Para a última prova (Lagos II), tu levavas as duas motas e acabaste por correr com a de stock..
FF – Sim, é verdade. Tanto eu, como o To Zé (o meu mecânico) queríamos correr com a superstock, todo o resto da equipa apostava na mota de serie. Eu acabei por entender as razões deles, porque corridas para ganhar vai haver muitas e campeonatos talvez não....e acabámos por jogar pelo seguro!!!

JQ – Mas não é um contra-senso ? Vocês investirem milhares de euros na preparação de uma mota e na altura da verdade, apostam numa mota stock...
FF – Sem dúvida nenhuma, é quase como uma faca no coração. Investe-se muito tempo e dinheiro a preparar uma máquina, mas que nós sabemos que as vezes pode falhar e deixar-nos arredados de discutir um título.

JQ – No entanto, ainda há alguns pilotos que investem muito forte. Existe algum retorno neste investimento?
FF – Não, infelizmente há muito pouco retorno. Quem anda nisto não está atrás de fama, nem de tirar benefícios. Mesmo eu que tenho a loja, não s que tire um grande partido de andar nas corridas para conseguir vender mais motas. Acaba por ser uma carolice...sofre-se um bocado, mas também se tira um enorme prazer pessoal!!

JQ – Como vês o crescente entusiasmo à volta do jet-ski?
FF –Bem, a mim parece-me que o campeonato de bóias tem os dias contados. Não tenho nada contra esse campeonato, mas a realidade é que cada vez mais há menos pilotos em bóias e mais em endurance. Alias, em 2003 nem sequer houve classe de superstock em bóias porque não havia pilotos suficientes. Pelo contrário, a classe de “Promoção” dos jet-ski foi a melhor coisa que aconteceu ao nível dos campeonatos deste ano. Trouxe mais gente para a competição e proporcionou a algumas pessoas a primeira experiência neste tipo de corridas. Por outro lado, o facto de ser “open” permitia que toda a gente que tivesse um jet-ski, mesmo com alguma ação, pudesse participar.

JQ – Tu fizeste uma dessas corridas...
FF – Sim, fiz a da Expo. Tenho pena de não fazer todas, mas há muitas datas coincidentes, e o nosso país não é os Estados Unidos, onde há pilotos profissionais, que treinam todos os dias!!! Julgo que para o ano ainda vai ser melhor e seguramente que haverá ainda mais pilotos nessa classe, o que trará boas corridas e espectáculo para o público.

JQ - Por falar em pilotos internacionais, tu foste o “capitão” das Selecção Nacional que esteve presente em Oleron. O que é que falta para Portugal trazer o título para “casa”?
FF –Bem, parece-me que a alguns de nós ainda falta alguma experiência internacional. Ou seja, em Oleron, para além da sorte que é preciso ter, é necessário saber gerir a corrida e o esforço. Por outro lado, existem outros detalhes como seja ter experiência de navegar com o GPS (que só o Alessandro Balzer levava), ou a necessidade de possuir uma boa assistência. Em Oleron tudo isto conta, nada pode falhar...

JQ – Que estava de fora o que observa é que enquanto as vossas motas andam, vocês estão bem classificados. O problema é que as vossa motas não chegam ao fim...Não seria melhor opção, levar motas menos preparadas, mas mais fiáveis?
FF – Bem, há dois pilotos franceses, o Multari e o Simonini, que levam as motas preparadas por um “grande” preparador francês, que me vez de colocar os “triples pipes” como toda a gente, este ano fez um escape single. O resultado foi que as motas deles andavam menos do que as nossas, mas as deles chegaram ao fim à frente... e as nossas, tirando o Carlos Susana, não terminaram...Acho que é um pouco a mentalidade portuguesa “é tudo o nada”!!!! Talvez para o ano, quando lá voltarmos, façamos algumas ações na nossa estratégia de corrida.


JQ – Voltando ao plano interno. Quais são os teus planos para 2004?
FF – Bem, o campeonato acabou há poucos dias e tanto eu como a minha mota estamos hibernados!!! Só no início do próximo ano é que vou começar a pensar nisso. No entanto, não garanto já que vá correr. É lógico que eu gosto e quero participar no campeonato, mas se não conseguir reunir alguma condições, coloco a hipótese de não participar.

JQ – E continuarás na Kawasaki.
FF – Sim, se realmente for defender este título vou manter-me fiel à marca. A Kawasaki ajudou-me no momento em que eu necessitei e eu acho que tenho de lhes dar retorno por isso.

JQ – Que agradecimentos gostavas de fazer?
FF – Ainda bem que me fazes essa pergunta, porque há muita gente que merece ser destacada. Para começar gostava de agradecer à Kawasaki na pessoa do Paulo Alegria e do Helder Leal. A nível de empresas gostava de agradecer à WD-40, à Sopinote e á MotoCuore. Ao nível da minha equipa, tenho de agradecer ao Tó Zé “Tamboril”, ao Paulo “Né”, ao Nuno “Matacão”, ao Graciano e ao Miguel Jorge que me emprestou a mota dele para as minhas últimas corridas. Tenho também de destacar o trabalho da minha irmã, que apesar de não ir ás corridas, trata de toda a logística e acerta todos os detalhes para não falhar nada. Por fim, tenho de agradecer aos meus país, que sofrem mais com as corridas do que eu e que apesar de não gostarem que eu corra, sempre me apoiaram...

JQ – Passando agora para a tua vertente comercial, uma vez que tu és dono da Fildoni, como é que os negócios correram em 2003?
FF – Bem, eu acho que 2003 foi o pior ano desde de que eu estou nesta actividade. Para 2004 acho que não vai haver melhorias, ou seja vai ser igual ou eventualmente pior. Apesar da crise não ajudar, eu acho que o facto de em Portugal haver muito poucos acessos ao mar (rampas), acaba por dificultar a vida de quem tem uma mota de água. Por outro lado, as motas de água, devido a algumas utilizadores com pouco civismo, estão mal vistas e pelas asneira de uns, pagamos todos....

JQ – E as tão faladas restrições do acesso das motas de água a algumas barragens?
FF –Isso ainda vai ser pior para o sector. Parece que para o ano apenas vai ser proibido em Castelo do Bode e esperemos que fique por ai. Obviamente que os modelos com motores a 4 tempos vão poder circular, mas esses ainda são uma minoria...

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